Descrição
À letra convívio, djumbai é a palavra que melhor reúne estas histórias.
Pecadores, árvores, chuvas, ferramentas, insetos, mezinhos, sons do mato, pássaros, avisos, prantos, iran, música, peixes, secas, alegrias, lalas, cerimónias, arroz e asares, tudo se cruza e se defronta para lá de todos os limites. E é nesse movimento incessante que temos de os procurar quando queremos ver melhor os seus contornos, o seu relevo, o seu justo sentido. São os protagonistas deste djumbai antiquíssimo, sentados aqui a um crepúsculo secular.
Um enorme rio, um rio da Guiné, onde afluem águas de várias procedências. Ao avançar misturam-se, uma mais, outras assomam apenas, algumas interrompem-se e secam, ou crescem e recuam. Na passagem tudo se vai transformando lentamente. As margens, a paisagem, o tempo. O lodo, as canoas, os peixes (e a maneira de pescar) vão sendo outros. Tal como as histórias, as línguas, as trocas, os costumes, as canções, os enigmas – as viagens no espaço mais livre e aberto da cultura popular guineense.